Narcisismo.

Narciso vendo seu reflexo na água.

Na mitologia grega, Narciso se encanta com seu reflexo na água, sendo tomado por tal grandeza, é incapaz de reconhecer a si mesmo como indivíduo. Narcisismo pode ser um termo utilizado para descrever o amor próprio excessivo e sua necessidade de admiração.

Na psicologia de Carl Jung, o narcisismo vai além da vaidade, pois pode se tratar de uma determinada falha no desenvolvimento do nosso ego, onde a grandiosidade marca uma imaturidade emocional. O indivíduo narcisista está preso em um ciclo de busca por validação externa, incapaz de encontrar valor em si mesmo.

Por esta razão, o indivíduo é impedido de ter um contato com sua essência autêntica, gerando sofrimento e principalmente dificuldades nos relacionamentos. Nesse sentido, tanto a relação consigo mesmo como com o outro sofrem consequências na história de ambos.

De fato, o mito de narciso trata-se de uma relação eu e o outro, e que esse outro ressoa como um eco podendo coexistir dentro e fora de nós. A maneira de como percebemos como esses outros tanto internos quanto externos, ao longo da vida, moldou o conceito de narcisismo e suas diversas interpretações.

Lembrando que o narcisismo é como se fosse um espectro, e não como um rótulo rígido. Todos podemos apresentar tendências narcisistas em um certo grau. O caminho para superar o narcisismo reside em nossa individuação, que trata-se do processo de autoconhecimento e integração dos aspectos grandiosos e também vulneráveis de nossa personalidade.

Ao analisarmos o narcisismo, também podemos refletir sobre como percebemos e nos relacionamos com os outros. Essa jornada de autoconhecimento nos leva a uma compreensão de nós mesmos e também do mundo ao nosso redor.